segunda-feira, 15 de junho de 2015

Ao carregar as compras no carrinho de supermercado, o cliente leva também milhares de bactérias dos mais diferentes tipos, que podem provocar desde diarreia até infecção alimentar. Para tentar diminuir o risco de contaminação, um projeto de lei em tramitação no Senado, de autoria do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), quer incluir no Código de Defesa do Consumidor a obrigatoriedade de higienização a cada 24 horas de carrinhos e cestas disponibilizadas aos consumidores em estabelecimentos comerciais.

O parlamentar cita na justificativa do projeto uma pesquisa realizada na Coreia do Sul, onde se constatou que, entre os itens manuseados pelas pessoas, o carrinho de supermercado é o mais infectado.

É verdade e isso se repete no Brasil. “Campeões” de contaminação, os carrinhos são mais sujos do que barras de ônibus coletivos e maçanetas de banheiros públicos.

Isso acontece porque os carrinhos acondicionam alimentos como carnes cruas, hortaliças e caixas, que, em geral, contêm micro-organismos perigosos ao ser humano, de acordo com o biomédico Roberto Martins Figueiredo, o Dr. Bactéria.
“Tudo que pode ser contaminado você coloca dentro do carrinho. As embalagens de carne, por exemplo, soltam líquido e sangue. Isso leva à contaminação”, afirma o especialista, destacando que salmonella e campylobacter são as bactérias mais comuns. Elas atacam o aparelho digestivo e provocam dores abdominais e diarreia.

Outros germes podem causar infecções alimentares e conjuntivite, sendo que crianças são as mais suscetíveis a contraírem doenças por terem a imunidade menor do que a dos adultos.

Por isso, a dica principal é não colocá-las dentro dos carrinhos, como é costume de alguns pais. Elas podem até se divertir com o “passeio”, mas entram em contato com milhares de agentes nocivos.

O Dr. Bactéria recomenda sempre passar álcool gel nas mãos e no apoio do carrinho. Dentro dele, o certo é organizar os produtos de modo que líquidos de carnes e frangos não fiquem em contato com outros recipientes. “Nós temos nossa resistência, mas a dose de anticorpos é menor do que a quantidade de bactérias”, alerta o biomédico.

Ele classifica como “fantástica” a proposta que prevê a limpeza diária dos carrinhos, mas mostra-se cético quanto à fiscalização. O projeto de lei não cita como será a vigilância nos supermercados, mas, de acordo com a assessoria de imprensa do senador Álvaro Dias, a regulamentação da fiscalização caberá aos Estados.


O projeto está na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado, aguardando relatório do senador João Capiberibe (PSB-PA).
15 Jun 2015

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