segunda-feira, 15 de junho de 2015

Em combate aos crimes de intolerância no futebol, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) definiu que os torcedores punidos em partidas terão de prestar serviços comunitários por seis horas, que se iniciam duas horas antes das partidas e se encerram duas horas depois. Entre os locais escolhidos para a prestação de serviços estão o IML (Instituto Médico Legal), o Instituto de Criminalística, o Corpo de Bombeiros e o Centro de Reabilitação Lucy Montoro. Antes, os torcedores eram apenas banidos, temporariamente, nos estádios.


Um novo reforço foi a criação do Anexo Judicial de Defesa do Torcedor, pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) a partir do dia 26 de maio. Até hoje, os casos eram levados a uma delegacia de polícia comum, o que por vezes atrasava o processo de apuração.


As duas medidas fazem parte de uma série de providências anunciadas nesta segunda-feira (18) pelo secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, após reunião realizada com representantes do Tribunal de Justiça, Ministério Público, polícias Civil e Militar e da Federação Paulista de Futebol (FPF).
“Nada dará certo se a impunidade prevalecer”, disse o secretário Alexandre de Moraes. “A partir do momento em que o torcedor perceber que baderneiros estão cumprindo medidas restritivas ou estão presos, ele pensará antes de cometer um crime”.


O anexo vai funcionar no Fórum da Barra Funda e de maneira itinerante em todas as arenas do Estado que receberem partidas de futebol. As equipes serão compostas por juiz, oficiais de Justiça, escreventes, delegados, representantes do Ministério Público, além de defensor público ou advogados indicados pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).


“Estamos criando um verdadeiro núcleo específico de combate à violência nos estádios”. Segundo Moraes, o núcleo irá permitir mais celeridade e inteligência à apuração e ao julgamento de crimes no âmbito das torcidas.

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