Em combate aos crimes de intolerância no futebol, a
Secretaria de Segurança Pública (SSP) definiu que os torcedores punidos em
partidas terão de prestar serviços comunitários por seis horas, que se iniciam
duas horas antes das partidas e se encerram duas horas depois. Entre os locais
escolhidos para a prestação de serviços estão o IML (Instituto Médico Legal), o
Instituto de Criminalística, o Corpo de Bombeiros e o Centro de Reabilitação
Lucy Montoro. Antes, os torcedores eram apenas banidos, temporariamente, nos
estádios.
Um novo reforço foi a criação do Anexo Judicial de Defesa
do Torcedor, pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) a partir do
dia 26 de maio. Até hoje, os casos eram levados a uma delegacia de polícia
comum, o que por vezes atrasava o processo de apuração.
As duas medidas fazem parte de uma série de providências
anunciadas nesta segunda-feira (18) pelo secretário da Segurança Pública,
Alexandre de Moraes, após reunião realizada com representantes do Tribunal de
Justiça, Ministério Público, polícias Civil e Militar e da Federação Paulista
de Futebol (FPF).
“Nada dará certo se a impunidade prevalecer”, disse o secretário
Alexandre de Moraes. “A partir do momento em que o torcedor perceber que
baderneiros estão cumprindo medidas restritivas ou estão presos, ele pensará
antes de cometer um crime”.
O anexo vai funcionar no Fórum da Barra Funda e de
maneira itinerante em todas as arenas do Estado que receberem partidas de
futebol. As equipes serão compostas por juiz, oficiais de Justiça, escreventes,
delegados, representantes do Ministério Público, além de defensor público ou
advogados indicados pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
“Estamos criando um verdadeiro núcleo específico de
combate à violência nos estádios”. Segundo Moraes, o núcleo irá permitir mais
celeridade e inteligência à apuração e ao julgamento de crimes no âmbito das
torcidas.
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